terça-feira, 13 de setembro de 2011

Por nada

Tinha tempos (e posso ousar substituindo tempos por anos) que eu não acordava antes do despertador tocar, abria a janela e sorria ao ver o sol. Simplesmente sorria.
Na maioria das vezes nem a cortina do quarto eu abro, e acabo sempre preferindo acender a luz.
Mas hoje não. Hoje eu resolvi abrir a cortina, a janela, o sorriso. Porque o dia amanhecia azul claro, fresco e silencioso. Um típico dia pré-primavera no Rio. Mas que ha anos eu não notava.
O meu sorriso foi tão sincero e espontâneo que nem eu acreditei; Como pode? Logo eu que sou considerada a mais mal humorada de todas pela manhã...
Talvez eu tenha acabado de descobrir o que é estar feliz por nada. Talvez eu, com esse mero sorriso pela manhã, tenha desabafado para mim mesma: você merece sorrir!
Sim. Eu mereço! Mesmo com algumas incertezas sobre a vida, algumas tarefas atrasadas e alguns desaforos ou sentimentos engolidos; eu mereço sorrir!
Talvez não. Com certeza eu acabei de descobrir um estado de espírito genial. Sem cobranças, pensamentos exagerados, fantasias, medos, julgamentos, prazos e sem mais um montão de coisas boas ou ruins.

Sorrir não requer motivo algum!

Um comentário:

  1. Mais um texto maravilhoso!!!!Eu arriscaria dizer que é um dos melhores por transmitir a melhor das emoçoes;a alegria!

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