terça-feira, 29 de junho de 2010

Grande demais

Hoje precisei ir de metro para a faculdade, coisa que odeio fazer!
Na hora de ir e voltar da aula, os vagões estão sempre lotados e eu fico esmagada no meio de milhares de pessoas estranhas que não se falam e muitas vezes nem se respeitam.
Hoje foi diferente. Sai de casa mais tarde e peguei o vagão vazio.
Sentei logo de cara e comecei a reparar em volta...
Tres pessoas diferentes sentaram na cadeira em frente a minha, nenhuma delas pediu licença para sentar ou arriscou um “boa tarde” e mal olhavam para cima, sempre cabisbaixas.
O quarto a se sentar na mesma cadeira, era um senhor. Atrapalhado e com aparecia de cansaço, pediu licença para sentar-se e manteve seu olhar para cima, observando tudo.
Atras de sua camisa, estava escrito em inglês “Nada é grande demais para nós, se estivermos juntos” , a frase acompanhava um desenho de um bote com algumas pessoas e uma onda bem grande na direção de todos.
Lógico que o humor e a educação deste homem não tem relação com a camisa que escolheu para usar naquele dia, mas muito ela pôde me dizer.
Eu estava atrasada, atolada, enrolada e outras várias palavras que poderiam ser acrescentadas aqui. Ao ler esta frase, lembrei que havia passado a madrugada do dia aterior em claro, preparando os presentes da minha melhor amiga e estudando para que me restasse tempo na manhã do dia que ia nascer para visita-la com um café da manhã surpresa.
Me empolguei tanto pensando no quanto ela iria gostar das minhas surpresas, que fui dormir depois das seis horas da manhã. Conclusão: Não consegui acordar nem para estudar e muito menos para fazer a visita que eu tanto queria.
daí se deu o meu dia; Meu atrasada, atrapalhada, atolada...
Até aquele momento eu estava tensa, mas depois pensei: Ontem eu poderia priorizar tantas coisas importantes, se escolhi a felicidade da minha melhor amiga não foi a toa, vou até o fim.
Respirei fundo e desci do vagão. Ameacei olhar no rosto do homem antes de sair, para lhe passar um ar de agradecimento, mas não consegui...
Cheguei na faculdade menos tensa, quase deu tudo certo na apresentação do meu trabalho e meu humor se manteve agradável.
Mesmo com raiva de não ter conseguido dar a ela tudo o que eu queria no dia certo, não desanimei e fui ao seu encontro dar o melhor presente que eu poderia, o mesmo que eu recebo dela todos os dias: Meu sorriso, meu abraço.
(Calma, vai ter presente também, fica tranquila, ok?)
Realmente nada é grande demais para nós duas.
Nenhum sentimento bom é grande demais que não caiba na nossa relação.
Nenhum desentendimento é grande demais que acabe com a nossa amizade.
Nenhuma onda gigante nos derrubou até hoje e nem vai nos derrubar!
Hoje minha melhor amiga completa dezoito anos (até que enfim!).
Dezoito anos de confiança, família, amigos, amor, saúde, altos, baixos, estudos, risos, sorrisos, choros, decepções, aprendizados, amores, paixões, objetivos, metas, vitórias, perdas, machucados, cosquinhas, calos, roxos, dietas e chocolate.
Dezoito anos completados, hoje, por uma menina tão mulher.
Eu não tenho como presentea-la com tudo aquilo que ela merece e nem dizer a ela todas as palavras que eu gostaria de dizer.
Nesse dia que é tão importante pra mim, desejo a ela um milhão de coisas boas e que esses longos anos se tripliquem ao meu lado, rumo a eternidade da nossa amizade.
A essencia, vou dizer só a ela.
Mas não poderia faltar uma homenagem clichê.
Mais uma página inteirinha dedicada a ela, A amiga, a irmã.
Mais um dia ultrapassando meus limites para ve-la sorrir, mais uma vez deixando de estudar por causa da prova do dia seguinte do seu aniversário...
Não tem mais nem o que dizer... ELA É ELA E HOJE É O GRANDE DIA!
Parabéns pelos dezoitões, melhor amiga. Você é tudo pra mim. Não muda nunca. Grande demais para nós duas não existe! =)
TE AMO.

sábado, 26 de junho de 2010

Ressaca

O sol ultrapassa o insulfilm e a cortina na janela. O tapa-olho está no chão, junto com o travesseiro e o lençol. O edredom branco e fofo cobre todo o seu corpo -e seu rosto, e a luz começa a encomodar...
Devagarinho, abrindo os olhos, ela se espreguiça e fica descobreta.
Ao sentar na cama ri sozinha, lembrando de como foi bom estar feliz ontem o dia inteiro. Ri da felicidade que é abrir a porta da sua casa para aqueles que chegam pra ficar e só vão embora depois que o sono chega.
Ela realmente está rindo sozinha.
Sem dor de cabeça, sem mal estar, sem olhos inchados e cabelos cheios de nó.
A ressaca dela é de cansaço físico. Cansaço por ser feliz demais.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

De novo, não!

Não sei se quero tudo isso de novo. Não sei se confio na minha bolha protetora, se quero que ele a fure novamente...
Eu tinha esquecido que não o esqueci totalmente e tenho medo do quanto isso possa me machucar.
Posso ainda não ter aprendido a não me empolgar por ele, mas com certeza já aprendi a me desapegar.
Hoje eu quero ficar só comigo mesma!
Não adianta mais morder e assoprar, as mordidas dele já não deixam mais marcas. Já me acostumei com a decepção e cansei de esperar para ser surpreendida.
Ele que me perdoe, mas dessa vez eu não vou tirar os pés do chão. Voar por ele, nunca mais.
Daqui a pouco estou descendo da meia ponta... Se ele chegar tarde, tchau.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O torto e o reto ou o torto é o correto?

Deus escreve certo por linhas tortas. Sim, mas o que seriam essas linhas tortas?
Linhas retas mantém um texto em ordem, linhas curvas o embalam como uma onda... e linhas tortas?
Bom, as linhas tortas desorganizam e nos pegam de surpresa. São consequencias da pressa, de um susto, da falta de uma palavra que deixa um buraco, da palavra perdida sendo achada e não cabendo mais no seu aintigo espaço, de emendas...
É como na vida. É como viver.
Na pressa, deixamos escapar algumas oportunidades, não reparamos o óbvio e esquecemos de passar alguma parte da maquiagem, por exemplo.
Num susto, soltamos palavrões.
Com a perda de pessoas queridas, sentimos saudades.
Quando a perda não se trata de morte e sim de afastamento, muitas vezes aqueles que se prederam por aí não são mais reconhecidos. Não cabem mais no espaço que antes ocupavam e nem nos fazem mais falta.
Não podemos esquecer daquelas viagens expontâneas, encontros sem data marcada, ações inesperadas e reaparições.
É a vida. É viver.
Deus escreve certo por linhas tortas. Na hora pode ser péssimo, mas é surreal como no fim das contas o torto é muito mais correto.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dias inúteis

Quem nunca teve um dia inútil? Daqueles em que se dorme até as quatro horas da tarde, acorda sem fome e com mais sono do que quando foi dormir?!
De vez em quando acontece!
Não é preciso um dia nublado, pingos de chuva na janela e programação de domingo na TV para tornar um dia assim.
A ressaca de um sábado, os olhos inchados de uma semana ruim e o pote vazio de sorvete não precisam ter existido para um dia se invalidar.
Basta a preguiça bater, o frio desanimar ou simplesmente estar passando maratona de Friends, Sex And The City ou Two And a Half Man.

Algumas outras vezes o dia apenas começa assim, mas termina diferente.
Digamos, por exemplo, que a validade para um certo dia ser inválido é até as 2h da manhã.
Depois disso a inspiração bate.
Os livros seriam devorados no lugar de potes de sorvete e o guarda-chuvas usado para ir ao encontro da pessoa amada. Acontece também...
Não se entregue de primeira a um dia inválido. Quem já começa o dia procurando a validade dele é porque a teme. Não tema!

É tão bom escrever o roteiro da vida enquanto se vive... Você não tem idéia! Ecrever pra frente é não ler o agora.
Me surpreenda. Me engane. Apareça do nada. Chegue devagar. Rasgue minha armadura. Exploda minha raiva.
Roteiro pra que? Validade existe pra isso. Um dia tudo tem fim ou no mínimo perde a graça.

Quero

Eu quero um amor que me tire do sério
Quero uma paixão que me traga loucuras
Quero um caso que me dê frio na barriga
Quero uma noite inesquecível
Quero frases ousadas
Quero palavras sinceras
Quero gosto de chocolate
Quero música de musical
Quero um funk
Quero ver tudo rosa estrelado
Quero que me levem pro céu
Quero chorar um pouquinho
Quero enroscar a perna
Quero brigar e reclamar
Eu quero um monte de casos
juntos em um só.
Sou menina de sentimentos e sou mulher de seguranças.
Um dia eu quero ter tudo isso num só laço.
Um dia eu quero um laço bem grande e vermelho, um café da manhã na cama, uma rosa perfumada, um pôr do sol em plena segunda feira...
Resolvi admitir que sou adepta a tudo isso, mesmo não querendo me adaptar a isso tudo, agora.
Sou romântica moderna. Amo meus casos, mas caso um amor queira ser meu, vou me dar por inteira.

domingo, 13 de junho de 2010

Aquele diazinho...

Vamos dizer que passar o dia dos namorados enchendo a pança de fondue e falando sobre os casos amorosos do passado com as amigas não é o que toda menina pré-adolescente imagina para si, quando pensa em seu futuro. Claro que não. Mas assim se passou a minha noite do dia 12 de junho de 2010.
Não preciso de um homem dizendo o que eu quero ouvir para me sentir completa e muito menos de um orgasmo durante a madrugada para me sentir desejada ou desejo.
(...)
Não?! Tá, vai... Nesse diazinho infernal que existe para o comercio lucrar e para os apaixonados desfilarem por ai o seus amores ardentes e apaixonados, bem que eu podia ter isso tudo!
A minha vontade de viver todo esse momento atual da minha vida até a última gota e descobrir cada vez mais as zilhões de maneiras de ser feliz, estão tomando conta de todo o meu tempo.
Preguiça só existe na hora de ir dormir.
Pra que dormir? Quando o sono começa a bater os pensamentos fazem uma reviravolta em minha mente e é a melhor hora de escrever e perder o sono...
Mas voltanto aquela datazinha de ontem, então... Mais uma vez ela passou por mim, literalmente passou. Como um vento bem gelado que balança fio por fio dos meus cabelos e deixa a pontinha do nariz congelando.
Haja casaco pra me aquecer... Haja comida pra aumentar as calorias e energias do meu corpo. Haja chocolate, banana e morango (e não do jeito criativo, claro).
Claro porque sou apenas eu e eu neste dia. Eu mesma e todas as personagens da minha vida que interpretei. Eu e meus casos e acasos. Meus choros, minhas risadas, meus assutos mal resolvidos.
Eu e minhas amigas na sala rindo até a barriga ficar dura de tanto doer!
Preciso de mais? Não. Naquele momento não.
Passar essa data anualmente assim não me deixa triste, mas no dia seguinte a história já é outra.
Aliás, devia existir uma "TPDN" tensão pós dia dos namorados...
Nossa, quando eu acordo com o meu estômago do tamanho do monte everest e vou almoçar no shopping e vejo aquela imensa quantidade de casais tomando café da manhã após uma provavel pseudo (ou não) perfeita noite, me dá náuseas.
"Acorda, minha filha... Tá na hora de arrumar um namorado nem que só pra no ano que vem não passar por isso, né?"
E ai a coisa fica preta.
Mais comida (ênfase aos doces...), álcool e qualquer outra coisa que te deixe mais triste. Sim, porque invés de nós, mulheres, quando estamos na TPM ou TPDN procurarmos algo para nos animarmos... Não! A gente se recolhe num canto isolado e frio com muitos dvd's românticos, músicas americanas ou pagodes tristes e recorremos (no caso das menos dramáticas) as melhores amigas.
É, desse dia não tem como fugir... Bom, pelo menos é assim comigo.
Você pode estar pensando que eu sou mais uma solteira patética que não teve uma grande história de amor ou uma encalhada que nunca se perdeu para uma paixão daquelas que são como uma luta livre nas nuves...
Você pode até estar pensando isso tudo, mas está errado!
Não posso ousar reclamar dos meus amores, das paixões e de nada que vivi até hoje. Nós crescemos errando, vivendo, mergulhando de cabeça, se decepcionando... To errada? Experiência, baby. Mulher nenhuma se torna experiênte e interessante vivendo num conto de fadas ou presas em seus medos de não arriscar.
Então, aqui estou eu. Passei por mais uma TPDN, muito bem por sinal.
Aqui estou eu feliz da vida. Sem calo no meu pé, sem peso nas costas e sem dor de cotovelo.
Quando for pra sair desse estágio, vou estar mais do que bem preparada para aquela datazinha (e para a vida ue ela trará anexada).
O comercio que me desculpe, mas não existe data para fazer os namorados entrarem no auge do seu amor e nem data para as solteiras se sentirem sozinhas, isoladas ou festejarem sua liberdade.
Casal ama todo dia sem precisar dizer com palavras e presentes. Mulheres solteiras estão sempre soltas, mas nunca sempre sozinhas e nenhuma datazinha vai coloca-las para baixo.
feliz dia dos namorados atrasado e parabéns, àquelas da categoria, por passarem por mais uma TPDN.
Façam jus as pré-adolescentes que foram e continuem sua jornada vivendo sem olhar pra trás, sem pressão e nem vontade de driblar o tempo.
Todo dia é dia de comemorar, seja lá da maneira que for!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eu posso

Hoje eu me dei conta de que, infelizmente, eu preciso ouvir pessoas específicas para acreditar em certas verdades dentro de mim. Só funciono assim!
Não adianta dizer que eu fico melhor de azul marinho quando eu prefiro um verde limão!
Ceta vez me disseram para ser menos direta, menos clara e objetiva apenas para o meu próprio entendimento. Foi quando me despertaram um novo desafio: O desafio de ultrapassar meus limites.
Ultrapassei. Uma, duas, três, várias vezes...
Hoje a multa chegou aqui em casa. O preço dela? Não teve preço.
Descobrir que eu realmente fico melhor de verde limão, foi incrível!
Usar azul marinho por um tempo foi bom, fez o verde limão parecer mais interessante! Deu saudade do meu verdinho...
Claro que quem me deu aquele conselho só queria me ver crescer. O que essa pessoa não sabia era que eu já estava grande o suficiente para me definir (na verdade, nem eu sabia disso).
Hoje eu sei.
Hoje é dia de perder o pudor. Todo dia é!
Vivo escrevendo sobre não perder a essencia, de não se importar com o que os outros vão pensar e esqueço de reler o que escrevi.
Hoje essa pessoinha específica me deu um susto, puxou meu tapete e me estendeu um novo: Vermelho, comprido... Só meu!
Não espere alguém fazer o mesmo por você! Acredite que já sabe sim quem você é. Começe procurando pelo o que você quer... É uma dica!
Meu verdinho nunca vai sair da minha moda. De vez em quando eu me arrisco em novos tons, mas meu verde, meu limão, meu fluorescente... Ninguém torna brega!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Caindo na (nova) rotina

O sol não reflete mais no mesmo caminho, pela manhã.
A porta que entro, não é a mesma de antes.
Rostos diferentes, muito mais rostos em volta.
As palavras que absorvo são de assuntos diferentes. Assuntos que me interessam.
As palavras que voam, que fazem cosquinha, que soam como música e que pesam toneladas, não saem das mesmas bocas.
O dia acaba mais tarde.
Na verdade, o dia tem começado mais tarde...
Conceitos passaram a ser diferentes e pessoais.
Uma nova rotina tão grande e diferente, que tenderia a me fazer de coadjuvante e ficar perdida, agiu o contrário.
Aquela imensidão me fez destacar dentro de mim mesma a minha essencia.
Tantos estilos, pensamentos, corações, ações... tantos rostos diferentes.
E eu ali...
Em tão pouco tempo a nova porta, o novo caminho e as tão inovadoras palavras tomaram conta de mim.
Num embalo, numa remix, num estalar de dedos eu me recompuz.
Bem ali no meio daquilo tudo, eu consegui decolar de pés no chão.
Tudo novo, de novo.
A rotina mudou...
(...)
O que não muda é o que sempre foi bom.
Não abro mão dos poucos rostos que reconheço com um toque.
Não deixo de saber de olhos fechados o antigo caminho.
Mas a rotina mudou...
E quando eu disse que isso é ruim?

Inspiração

Quero falar mais, quero explicar menos...
Uma vez me disseram que nossas feridas devem servir de mistério, que os interessados e merecedores a descobrirão algum dia.
Mas também me disseram que dá vontade dividi-las com o mundo...
Tudo verdade, muita verdade.
Minhas feridas, passadas feridas...
Tão escondidas lá no fundo, quase não as vejo mais.
Elas já não doem, não despertam interesse.
Será que elas sumiram de vez?
Não.
Não, porque de vez em quando dói, de vez em quando sinto uma pontada bem forte.
Quero falar mais, botar pra fora.
Tem aguém querendo me ouvir?
Sou mistério, não deixo de ser.
Limito confissões e suspiros à alguns...
Mas quando será que alguém vai se limitar a mim?
Minhas feridas deixaram cicatrizes, que se aliaram a mim e minha nova "eu".
Satisfaz saber que elas ajudam os mais queridos a aprenderem com meus erros.
Satisfaz saber que elas andam tão despercebidas.
Satisfaz fechar os olhos, lembrar de tudo e ver que valeu a pena.
Um dia esse mistério confuso vai acabar e misteriosamente eu não vou precisar mudar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Informalmente informando

Vi, semana passada, um filme que já saiu de cartaz ha muito tempo. O filme mais caro para ser produzido. Um filme muito bem divulgado. O filme!
O filme que eu ainda não tinha visto por julgar pela aparência, pelos antecedentes do mesmo gênero e por preguiça.
Nossa, aquele filme mexeu comigo. Mexeu comigo de uma forma muito diferente...
Avatar.
Acho que quase o mundo inteiro já deve ter visto, então dispensarei comentários e, para aqueles que ainda não assistiram, fica só o conselho.
Falei desse filme porque muitas coisas se passaram na minha cabeça esses dias...
Hoje dei um tempo em drama e poesias, minha intenção é ser bem clara e direta. É continuar escrevendo por mim, mas não só para mim, e também pelos outros.
Acho que cada vez mais (posso dizer a cada minuto?) nós crescemos.
É incrível como conseguimos descobrir, reviver e se informar apenas com o som do nosso silêncio.
Sentada numa mesa com amigas, consigo reparar quantas mil vezes histórias quase iguais se repetem com pessoas tão diferentes em épocas diversas da vida de cada um... Não importa se você tem melhores amigos ou se tem uma auto estima de invejar, só nos conformamos e percebemos várias coisas ouvindo experiências alheias.

Homens... (claro, sempre eles). Homens, homem. Nosso homem é 'O' homem de nossas vidas por pelo menos algum momento enquanto estamos com ele, em meio a tantos outros por aí... Nosso homem é aquele que colocamos no pedestal, que comparamos a perfeição (não neguem, mesmo sem querer quase todas fazem isso), aquele que ocupa 80% do nosso pensamento, aquele único que pode fazer nossas vontades... É, aquele.
Aquele filho da puta que pelo menos uma vez vai te fazer chorar, nem que a tristeza não dure nem um dia. vai te fazer não dormir, nem que apenas por uma noite, vai trazer conflitos, olheiras, somatização, tpm³ e por aí vai...
Cadê a perfeição? É filha, ela não existe... Aposto que alguém já tinha te avisado isso.

Seja lá de qual signo for, mulher é totalmente diferente de homem na hora de pensar em relacionamentos. Então, jamais aconselhe uma amiga dizendo "faz pensando no que você queria que ele fizesse se fosse o contrário." NÃO. não faça isso!
Assunto de mesa de bar. Cerveja gelada, gargalhada e cada um no seu silêncio anotando as mil persepções, no pensamento, que usarão dali pra frente...
Estranho, né? todo mundo aconselha todo mundo... Sempre tem alguém que diz que te entende, que já viveu aquilo tudo (e realmente sempre vai ter alguém, por mais que você ache que está sozinha nessa categoria) mas, vem cá... Na prática a teoria é sempre outra. To errada? Não adianta nada falar e falar, no fim das contas, só as fracas vão ouvir e deixar de lado a personalidade.

De novo, não importa o signo, classe social, cor ou religião. Um dramazinho é sempre bem visto pelo lado feminino, um desprezo no início, uma procurada excessiva na hora certa e todo aquele resto padrão.
E os idiotas, onde entram? Bom, não literalmente... teoricamente... mas vou mudar a minha pergunta: E os pseudo perfeitinhos, por onde eles saem? Também queria saber... Nunca vi assunto não acabar nunca -tão ao pé da letra dessa frase. Nunca vi pelo menos uma vez ao dia falar deles... Os filhas da puta a quem tanto xingamos, são essenciais e nós amamos isso tudo (as lésbicas que me descupem, mas eu não os dispenso)

É clichê falar, mas pensa bem... É bom ter assunto pra contar, histórias pra dividir (sejam micos, dramas, erros, segredos) e lágrimas para chorar.
Quem não tem nada disso, pode ter certeza, chora por outros motivos e tem lá seus problemas... Então, até nossos "problemas" se resumirem a eles, ótimo. Agradeça. Agradeça a sua idade, as suas amizades, o seu corpo e a sua memória... Depois, minha cara, isso é que vai te incomodar e aí vamos saber BEM dizer por onde tudo sai e onde acaba.
Mas o amoródio (juntei. Eles se revezam tanto pelo mesmo sentido mesmo...) sempre vai estar com a gente, não tem gravidade que deixe cair, neurônio que morra ou distância que separe... Sempre vai ter um homem, entre os homens que você vai cativar.

Falar pra mulher relaxar quando ela tá tensa é foda, mas é o mais certo. Então relaxa, relaxa que tudo passa e no fundo no fundo, você adora ver passar que eu sei!

E o avatar o que tem a ver com isso? bom o avatar tabém ama, também chora, também morre e, claro, a avatar fêmea se ferra pelo avatar macho num momento do filme ("comprovando" que mesmo fora do planeta isso sempre acontece).
Mas independente disso (independente da união macho e fêmea), no planeta deles, com tantas diversidades e ciclos naturais, foi possível uma união linda que gerou tamanha força para defender o que todos ali queriam, que era o mesmo: A vida.
Não a vida em si, a essencia dela, a parte imaterial, a fé, a tradição mundial.
Mas Não vou contar mais nada, eu tinha dito que só iria aconselhar os outros a assistirem...

A semelhança é essa, não dá pra fugir de certas coisas, mas dá pra amenizar e evitar outras, só observando.
O mundo ta aí. 2012 chegando, a barriga tá cansada de empurrar... Eu deixo, então, um pedido a vocês: Escutem com mais atenção a aula maravilhosa que o silêncio pode proporcionar algumas horas...
E mulheres, escutem suas vontades, sem exageros de conselhos e sem exageros de dramas e explicações. O fim do Avatar eu não conto de jeito nenhum, mas onde existe briga existe reconciliação, onde existe morte existe vida e quando uma coisa acaba, outra já já vai começar... Em qualquer mundo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A casa

Era uma casa muito engraçada
não tinha teto, não tinha nada.
Quase ninguém sabia
Mas ele a vangloriava.

Ninguém queria entrar nela não
Porque na casa não tinha chão.
Não dava nem pra pensar em rede
Paisagem aberta, mas excesso de verde.

Os olhos dele que ha pouco brilhavam
se afogaram em lembranças que se menosprezavam.

De um lado, vidros no chão.
Em contrapartida, cheiro de festas que ocorriam no salão.
Do outro a piscina turva.
Mas ele ainda estava fissurado.

Como lembranças podem se tornar tristes por causa de imagens? Como pode? Não pode.

Ele, então, segue casa a dentro.
Mais lembranças, mais momentos.

Indignado com tanto pó, tanto mato, tanto rato
Parou segundos para voltar décadas e reviver cada fato.

Ali estava seu pai, sentado na rede.
Havia rede, havia parede.
Alia estavam seus irmãos fazendo pipi, porque pinico havia ali.
Ali estavam suas irmãs na varanda, havia o teto que sonhos abrigava.
Ela era feita com muito esmero, era onde ele dormia e com sua mãe sonhava.

Na vista o mar, o oceano, o infinito... Uma explosão de sentimentos e sentidos em um mundo completamente natural.
Por uns minutos ele volta ao tempo real.

A sua frente a ponte, que na outra época não existia.
A sua frente a sua mulher, a sua filha.

Fecha os olhos, de novo brilhando, cheiro de futebol, de gargalhadas e segredos...

Ai ele se lembra de naquele lugar ter feito os primeiros traços de seu presente, de seu futuro.

Abrindo lentamente os olhos, caminha de volta ao seu presente.
Num suspiro longo e profundo ele pensa, quieto, em sua mente:
"é uma casa muito engraçada, não tem mais teto, não tem mais nada. Não quero mais voltar aqui não, porque não quero perder meu chão. Hoje eu tenho minhas próprias paredes, agora posso descansar na rede. Lembranças boas embora não irão, eu as tenho guardadas em meu coração. Ela foi feita sem rancor nenhum, na rua dos sonhos, numero vinte e um."