segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Terapia

Quase ninguém me entende quando eu digo que muitas vezes tenho preguiça de falar.
Sim, "preguiça de falar"! Quando acabo de acordar, quando sei que a frase vai encadear mil perguntas, quando estou de saco cheio e principalmente quando já estou ocupada demais falando comigo mesma, na minha cabeça.

“Quem cala consente”, mas quem cala também reflete.
Refletir chega a ser uma qualidade tendo em vista a quantidade de pessoas que falam sem pensar ou escutam sem ouvir.

Mas o que quase nunca costuma me acontecer é a preguiça de escrever. Basta um acontecimento estranho em um dia qualquer, uma decepção, uma alegria ou uma tristeza que lá estou eu escrevendo.
Será o frio que está me contagiando? Será que a preguiça também chegou na minha mão?

Costumo dizer que a escrita é a minha terapia.
Então não preciso mais me tratar?

Passou da hora de tirar a poeira do lápis – ou das teclas. Se já estou curada eu não sei, mas adoro viver nessa loucura constante e inconsciente. Não vou deixar a preguiça de ir à terapia me abalar e muito menos a terapeuta me dispensar!

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