segunda-feira, 26 de julho de 2010

Me chame

Quando quiser viver uma aventura, me chame.
Me chame quando cansar de saber como o dia vai terminar.
Me chame quando seu dia não tiver mais sol e quando a sua lua nunca mais estiver cheia.
Me chame quando estiver cheio dela, ou delas.
Me chame simplesmente porque gosta de dizer meu nome – eu sei que você gosta.
Me chame sem prensar duas vezes, não vai ser nada demais pra mim mesmo.
Me chame de dia, a tarde ou a noite – só não garanto que irei a qualquer hora.
Me chame com um sussurro, um suspiro ou com um berro.
Me chame se quiser dividir uma alegria ou uma vitória.
Mas não me chame pra chorar suas lágrimas, pra isso não.
Afinal, as minhas eu não pude compartilhar com você.
Me chame pra divertimento, pra gastar aquele meu tempo inútil.
Me chame, mas não espere que eu fique o dia inteiro.
Me chame quando quiser... e eu posso até ir. Provavelmente irei.
Me chame porque não agüenta mais segurar a vontade...
Me chame, mas não espere nada de mim.
Estou te dando um conselho que você devia ter me dado há tempos atrás: Não confie em mim, não mais.
Não sou mais confiável quando se trata de nós dois.
Melhor, quando se trata “de você”. “Nós dois” já não existe no meu mundo.
Mas mesmo asim me chame, e admite que nunca me esqueceu por completo.
Me chame e depois peça que eu fique. Para que, pela primeira vez, eu possa te dizer adeus.
Quando quiser viver uma aventura, me chame.

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