domingo, 21 de agosto de 2011

A melhor viagem

Sinto como se eu devesse conhecer lugares novos. Muitos lugares novos. Saber de coisas inúteis e singelas. Caminhar na areia e molhar os pés.
Talvez parar um pouco, durante muito tempo, e tentar não pensar em nada. Não pensar demais na vida; não planejar tanto o amanhã. Talvez essa pausa pudesse ser no alto de uma montanha. Ou em frente a uma lareira. Ou em alguma lanchonete com um bom café.
Correr pela neve e ficar com calor poderia ser um jeito de passar o tempo a tarde. Correr até ficar sem fôlego. E não para emagrecer.
Eu queria tirar um dia para observar as pessoas, outro para observar as coisas, outro para me observar. Mesmo que no final eu apenas me contente de que não se pode saber de tudo.
Conhecer línguas novas, culturas novas, novas pessoas e novos beijos. Conhecer, quem sabe, uma nova eu.
Sinto como se eu precisasse sair daqui para, realmente, conhecer ali. Não adianta dizer que desejo sair da rotina, se nada faço para que ela saia de mim.
Não quero abrir mão de tudo, mas talvez eu queira abrir mão de quase tudo.
Muitas coisas já não cabem no meu armário. Mais coisas ainda já não cabem na minha cabeça.
Deve estar na hora de viajar. Viajar e saciar essas vontades, esses desejos.

Viajar dentro de mim.

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