domingo, 4 de julho de 2010

Inspiração

Tentei começar um texto e só me vinham palavras que não são concretas. Pensei em assuntos e só me vinham os mal resolvidos. Busquei memórias e só vinham as preto e brancas. Resolvi escrever do futuro, mas vi que o passado está presente nele.
Ai, que estranha eu sou!
Algumas horas eu acho que complico o que já está descomplicado, que bagunço o que acabei de arrumar...
Olha eu de novo com as reticencias e multiplas interpretações...
Mas deixa pra lá! Me entenda quem quiser.
A inspiração nem sempre aparece. Por isso não quero depender da escrita para viver, quero sempre tê-la como uma visita ao meu dia, a minha noite, ao meu eu.
Escrever por pressão deve ser muito ruim.
Por exemplo, eu agora estou sem idéia alguma do que dizer. Mas as palavras soam doce -eu espero, porque vem de dentro e não de fora. Vem de mim e acabam em mim. Não surgem de chefes e acabam em salário.
Admiro os escritores, os jornalistas, os roteiristas, os compositores (...) Mas eu dependo da inspiração. Da cor inédita. Ma mistura caseira. Do dom que as vezes desaparece para aparecer mais potente...
Não abro mão das minhas reticencias e adoro dar sentido vago as frases. Frasem serão lidas, logo, interpretadas.
Interprete tudo como quiser!
Afinal, você vai ler com seus olhos e ouvir dentro de você mesma.
Estou sem inspiração nova. A antiga me cansou de tanto se repetir. Boa noite e até quando uma nova visita, dentro (ou fora) de mim, surgir.

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