domingo, 9 de maio de 2010

Desabafo

To cansada de textos com um tom de tristeza e de desejo de mudança, quando na verdade eu estou feliz e renovada.
Esse vai ser mais um não tão alegre, não tão sutil...
Esse vai pra ela, vai pra gente.

Ela não sabe mais em quem eu ando pensando toda noite e nem as saudades que venho tendo.
Não é mais como antes, quando ela sabia de todos os meus passos de todos os dias, quando eu contava cada palavra que havia dito.
Ela não sabe mais onde eu fui jantar, com quem eu fui jantar.
Será que ela ainda se interessa em saber? Ela não pergunta mais...

Cansei (mais uma vez) de vomitar textos e transbordar emoções sem sentir nada em troca.
Eu sinto uma troca tão vaga, como um suspiro final.

Ainda a conheço como a palma da minha mão, ainda consigo sentir seus desejos e pensamentos.
Ela ainda sabe quem sou eu?
Não a culpo, já fui tantas "eu mesma"...

Essa nova fase pra mim e pra ela, é, mais uma vez, uma fase que nos distancia.
Dessa vez não tem nada no meio, não tem nada a perder. Porque me sinto tão perdida?

No telefone vozes felizes, novidades animadoras... Só risos e risos.
Será, realmente, que somos só risos e risos?
Ela não sabe da briga com a minha mãe, ela não sabe o quanto meu travisseiro ficou molhado de lágrimas.
Ela não sabe que fiz as pazes com a minha mãe, ela não sabe o quanto meu coração está aliviado.
Minhas roupas novas? Ela nem viu, não quis saber se comprei.

Tento fingir que está tudo bem, evito olhar nos olhos porque sei que se eu olhar eles vão se alagar de saudade, de dúvidas, de desejo de gritar.
Procuro deixar que ela sinta o mesmo que eu, mas como vou saber se ela não demonstrar?

Vejo as fotos... Momentos, viagens, nights, familia, de noite e de dia... Se lembra quando a gente não só sorria?
Agora mudei, me direciono a você, falo para você...

Amiga, não sei ser diferente...
Não quero perder nossa quimica, nosso ritmo, nosso tom. Somos tão boas nisso!
Não quero me perder no tempo e perder você pra vida.
Não quero me sentir a vontade só com as pessoas as quais você nem conhece.
Quero voltar pra você, quero que você volte pra mim!

Somos uma balança que funciona como um motor.
Somos força e razão, que se invertem uma pela outra.
Somos palavras simples e complexas.
Não somos só isso, somos tudo e muito mais.
Ainda somos...

Não quero mais engolir o que desejaria te contar.
Porque você não pergunta mais?
Tá tudo tão fosco entre nós.

Desculpa mais uma vez dizer tudo isso do nada, dizer literalmente o que eu penso... Mas é como se hoje em dia eu estivesse precisando fazer isso sempre, pois você não lê mais a minha mente.

Nossa amizade é eterna desde o dia do chinelo.
Você é a única com um capítulo inteiro só seu no meu livro.

Esse texto não é triste, é confuso, é gritante...
Esse texto é pra você, minha irmã companheira, que anda tão distante.

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