quarta-feira, 5 de maio de 2010

Igualdade Mundial

Uma das coisas que mais assusta a humanidade é a morte.
É perfeitamente aceitável temer algo tão desconhecido, tão inevitável e tão igualitário.

Sim, igualitário. Todos algum dia morrerão.

Num mundo cheio de desigualdades e preconceitos é difícil falar sobre algo comum. Não digo de gostos e costumes comuns entre populações, mas sim de características mundialmente comuns.
Paro pra pensar e poucas coisas surgem em minha mente.
Nem todos gostam de dançar, nem todos têm escolaridade completa, nem todos sabem ler, nem todos gostam de sorrir e, acreditem, nem todos têm vontade de viver.

Desprezando os fatores que nos mantém vivos, como o hábito de respirar e nos nutrir, morrer é realmente a única coisa a qual todos, em todo o planeta Terra, passaremos. Consequentemente, de acordo com o raciocínio, e causadamente, de acordo com o fato, poderiam citar o fato de envelhecermos. Poderíamos se não houvesse tantas mortes infantis, juvenis e afins. Tantos corações parando de bater tão cedo, tantos sonhos sendo interrompidos...

Continuo então com a idéia da morte como a única igualdade mundial.

E o medo da morte? “Uma das coisas que mais assusta a humanidade é a morte” eu afirmei. Claro, mas não assusta a todos.
Alguns anseiam chegar logo ao céu, outros desejam acabar o mais rápido possível com algum sofrimento e existe até quem queira ir para o outro lado encontrar alguém.

Existe mesmo um outro lado? Morar no céu é o que realmente ocorre? Vamos mesmo encontrar quem já se foi?

E a morte prevalece em meu raciocínio, intacta.

Até quando será ela a única parte igual no mundo todo?
Será possível termos algo mundialmente comum que não seja temido por ninguém?

São tantas perguntas surgindo e, particularmente, cada vez menos vontade de saber as respostas.

Um dia todos se vão. Não tenho que me preocupar com nada relacionado a esta “ida”.

Os anos passam, todos sabem, mas poucos se dão conta de que semanas, dias e minutos também passam... Na verdade voam.

Aproveitar ao máximo as oportunidades, aprender o que for possível com os erros e amar acima de tudo são entrelinhas de uma história bem grande que pretendo fazer da minha vida.

O que não deixarei jamais de lado é a vontade de viver.

Nunca é tarde pra recomeçarmos e é sempre muito cedo para nos preocuparmos. Com a morte então, deixa isso pra lá... É igualitário, inevitável e desconhecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário